Coisas do mar
No seu olhar oceano
O mar é poesia
Verde azul simultâneo
Em moderada alquimia
As águas cantam ausências
Em vagas de saudade
Ardilosas persistências
Em versos de tempestade
Encrespadas sentinelas
Pela poeira da espuma
Rebentação que revela
Toda a essência da bruma
Cortina de espesso tule
Trapézio de gaivotas
A borbulhar no azul
Voando todas as rotas
Pelo sal da distância
O próprio mar se perdeu
A mendigar substância
Onde o mendigo sou eu.
- Publicado no Jornal PALAVRA, edição de agosto de 2023
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