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Poderemos confiar?

Vacinar era e deveria ser a palavra de ordem. Em pequeno fui vacinado com todas as vacinas que na altura eram obrigatórias, não me recordo de todas, sei que minha mãe me levava e tinha muita atenção quando o devia fazer, nada questionava, pura e simplesmente me levava para ser vacinado.
Hoje como seria? Com as dúvidas que todos os dias se levantam.
Não sei e duvido que alguém questionasse da origem das vacinas que davam aos filhos, nem sabiam. Alteram todos os dias a vacinação. Em que ficamos? Por idades ou por doenças associadas? Na verdade, não é fácil entender. No meio de todas as situações e por muito que se diga e como sabem as notícias, hoje, são rápidas e por vezes antes dos acontecimentos. Em quem deveremos confiar?
Podemos seguir um caminho e este é o de ser ou não vacinado. Temos que acreditar na Ciência e assim e em minha opinião devemos ser vacinados.
Confinamento, desconfinamento, falam os homens da ciência, entra a economia, entra o governo, entra o ministro e tudo a aguardar resultados, em quem poderemos confiar?
Todos falam e todos aguardam resultados e os dias vão passando, abrem as escolas, esplanadas, pequenas lojas e a luta continua.
Na verdade, temos um grande problema em mãos. Por isso, temos que ouvir a ciência e mesmo esta é muitas vezes contraditória, qual a razão? Será a ciência alimentada por diversos interesses económicos? Não tenho dúvidas que sim. São gastos milhões de euros que as Nações não suportam, quem os suporta?
Torna-se evidente que nada se faz sem apoios e uma vacina não foge á regra, testes e mais testes e mais efeito colaterais e mais volta e mais tentativa, depois as aprovações e o tempo vai passando e por fim o que nos resta? Aceitar o que circula por aprovado pela ciência.


Não podemos negar a ciência e também não podemos negar que a ciência consome milhões de euros num processo que leva tempo até á sua conclusão.
Evidente se torna que somos dependentes e se pretendemos ser vacinados termos que aceitar o que nos é posto á disposição.
Estamos perante um mundo global, importamos o bom e o mau. Aceitamos ou não aceitamos está na nossa opinião.
Vale a pena correr riscos e não aceitar? Vale a pena aceitar e correr riscos? Cada um é livre de decidir.
Não podemos aguardar que os outros decidam por nós, uns terão toda a razão outros não, em que ficamos?
Poderemos traçar o que os nossos filhos devem fazer? Penso que não o devemos fazer. Então quem os orientará?
Será que o tempo os pode orientar? Um pai ou uma mãe gostariam de ter uma resposta, contudo e, entretanto, que Deus os proteja e os orientes, os pais vivem na dúvida e as dúvidas não levam a uma solução, por isso, que Deus os proteja e oriente.

Uma coisa é certa, não vamos pela conversa do senhor Ministro da Educação nem de qualquer ministro, sabemos que nada é como as aulas presenciais, sabemos que tudo nasceu repentinamente e que algo se tinha que fazer e o confinar, desconfinar não ajuda os alunos, começamos aulas presenciais, testar, agora temos que confinar e os exames estão perto, digam-me se aprenderam alguma coisa, teria sido a melhor opção? Na altura teria sido a melhor, porém, dados os meses que passaram, uma solução radical tinha que ser tomada. Repetem o ano, não há exames, Exames só em outra data, isto porque a pandemia não é culpa deste ou daquele ministro e muito menos do tempo que poderá durar.
Sabemos que a economia pesa em todas as decisões e quando assim é os atropelos são muitos e todos nós sabemos os custos que podem vir, confinar, desconfinar desconfiando e a correr sempre atrás do prejuízo em vez da prevenção, mais custos se somarão.
Ouvir os comerciantes, o que podemos esperar, naturalmente pretendem trabalhar, ouvir um artista o que se pode esperar, naturalmente pretende trabalhar e assim sucessivamente, mas, o problema não está em trabalhar, está no abuso. Ajuntamentos aqui e ali, festas aqui e ali, multidões aqui e ali, são estes o inimigo número um de quem pretende trabalhar, naturalmente a pandemia já cá está, todos temos o dever de se proteger e proteger os outros e não será com festas e ajuntamentos que lá podemos ir.
Estes longos meses levam a algum descuido e os descuidos podem ser fatais, nada há de pior que seria ter de voltar atrás. Pense bem antes da festa, pense bem antes do ajuntamento, pense bem antes de sair de casa. A sua liberdade e a dos restantes pode ser posta em causa com os abusos.
Pelo que vi, esplanadas cheias, sem máscara e sem qualquer cuidado, trata-se de descuidos que nos vão dar muitos problemas, atenção que a pandemia ainda por aí anda.
Não gostei nada do que vi, assim não.◄

  • Publicado no Jornal PALAVRA, edição de abril 2021

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