Hoje dia 3 de dezembro comemora-se o Dia Internacional das pessoas com deficiência. Reguengos de Monsaraz possui diferentes formas de trabalho, de acolhimento e desenvolvimento para pessoas portadoras de deficiência, entre as quais se contam o CAO – Centro Ocupacional de Atividades, da Santa Casa da Misericórdia e a sala de multideficiência do Agrupamento de Escolas.
Criado em 1992 pela ONU o objetivo deste dia é despertar a sociedade pata as pessoas portadoras de deficiência e perceber o lugar que elas têm na sociedade com direitos e deveres como todos os cidadãos.
PALAVRA em colaboração com o CAO da Santa Casa da Misericórdia preparou esta reportagem para despertar as consciências e valorizar a missão dos pais e instituições que têm por missão acompanhar pessoas em situação de deficiência.
A liberdade de ser…
Ana Inverno, voluntária no CAO, reconhece como privilégio poder partilhar um bocadinho do seu dia com “gente tão bonita e genuína”.
Para ela, estas pessoas são “livres”. “Todos nós vivemos com espartilhos impostos, condicionados por inúmeros fios de socialização que nos reprimem e limitam, tantas vezes…! Conhecer pessoas “livres” desses espartilhos é algo que muito valorizo!”
No entanto, reconhece que “a liberdade de ser custa um preço muito elevado e dificilmente o podemos pagar, garantindo saúde e bem-estar!” Mas, ainda há lugares que são verdadeiros “nichos de afeto e segurança que não marginalizam, não segregam, não escondem da vista” e que permitem “o voo tranquilo de homens e mulheres com asas invisíveis aos olhos”. E acrescenta com o seu olhar penetrante “e eu gosto tanto de aprender a “ler” esses homens e mulheres… são momentos de puro prazer”.
Ana Inverna percebe-se agradecida por receber destas pessoas “o direito de lhes pertencer” porque esse tempo, ainda que pouco, “constrói em mim caminhos que só o Amor pode percorrer”.
A conclui, “conhecer a sua intimidade, e dela participar, nos momentos de maior calma e tranquilidade que o final do dia consegue oferecer, é uma sorte minha que os beijos de boa noite tatuam na minha pele para que eu nunca ouse esquecer. Grata por tanto…”