Marta Temido e Ana Mendes Godinho Ministras da Saúde e da Segurança Social respetivamente reafirmaram ontem que estão a ser preparadas, pela Cruz Vermelha Portuguesa em colaboração com a Ordem dos Enfermeiros, 400 pessoas que vão integrar as 18 Brigadas de Emergência que atuarão nos lares de idosos afetados por Covid-19.

As 18 equipas, uma por distrito, são constituídas por médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e psicólogos. De acordo com as declarações da Ministra Ana Mendes ainda não há data marcada para o início de atividade destas Brigadas. E anunciou que vai ser criada uma linha telefónica para dar apoio 24 por dia aos lares e será intensificada a testagem à Covid-19 dos trabalhadores de lar.

Perante a gravidade dos surtos em lares, como foi o caso do Lar da Fundação MIVPS, em Reguengos de Monsaraz, a Ministra Ana Mendes revelou que a maior dificuldade tem sido ao nível dos recursos humanos. Refere como exemplo que para o lar de Reguengos de Monsaraz foram contactadas 670 pessoas e apenas 35 aceitaram trabalhar num lar com casos Covid-19.

Neste momento, garante Marta Temido que dos 2628 lares que estão licenciados já foram monitorizados pelas equipas multidisciplinares (Saúde, Segurança Social e Proteção Civil) 1323 lares. Este número corresponde a todo o Alentejo e Algarve e 30% dos lares do Norte e Centro do País.

A Ministra da Segurança Social revelou que, relativamente ao Lar de Reguengos FMIVPS, ordenou em julho que a Inspeção-Geral do Ministério do Trabalho fizesse uma fiscalização, e na mesma altura pediu à Segurança Social uma avaliação.

Neste momento há 35 surtos ativos em lares em todo o país.

As declarações foram prestadas pelas duas ministras durante a audição realizada ontem, 16 de setembro, na Assembleia da República.

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