O Papa Francisco encontra-se impedido de presidir às habituais celebrações de Ano Novo, por causa de uma crise ciática. As celebrações de ontem foram presididas pelo Cardeal Giovanni Battista Re, Decano do Colégio dos Cardeais e hoje a Eucaristia foi presidida pelo Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano. As homilias foram preparadas pelo Papa. E na celebração de ontem o Santo Padre insistia na necessidade de agradecer a Deus apesar de ter sido um ano difícil e recordou que no meio do drama surgiram muitas pessoas que manifestaram um verdadeiro “amor ao próximo” e foi possível exercitar o olhar da compaixão para com os vizinhos mais próximos e conclui que “a força de Deus… é mais poderosa do que os nossos egoísmos”.
Na Missa de hoje, dia 1 de janeiro, o Papa Francisco começa por falar da importância da “Bênção”, ser abençoado e tornar-se também uma bênção para os outros como Maria a Mãe de Deus. A expressão de Paulo “Nascido de mulher” extraída da segunda leitura da liturgia serve ao Papa para dizer que Jesus Cristo quis fazer o mesmo percurso que nós para chegar ao homem a fim de que nós, pelo mesmo caminho que Ele cheguemos a Deus e conclui “não estamos no mundo para morrer, mas para gerar vida”. E, de acordo com a reflexão do Santo Padre, gerar vida exige “cuidar” por isso, servindo-se do tema da sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, convida a educar o coração para cuidar”. Francisco entende que tudo começa “cuidando dos outros, do mundo, da criação”. De nada adiante conhecer muitas pessoas e coisas “se não cuidarmos delas”. E finaliza dizendo “este ano, enquanto esperamos um renascimento e novos tratamentos, não estamos negligenciando a cura. Porque, além da vacina para o corpo, precisamos da vacina para o coração: e essa vacina é a cura. Será um bom ano se cuidarmos dos outros”.
A última palavra do Papa Francisco surge do verbo “encontrar”. Encontrar como os pastores encontraram quando foram a Belém. Mas, pergunta o Papa “somos chamados a encontrar no início do ano?” E responde “Seria bom encontrar tempo para alguém . O tempo é a riqueza que todos nós temos, mas temos inveja, porque queremos usá-lo apenas para nós mesmos. Deve-se pedir a graça de encontrar o tempo: tempo para Deus e para o próximo: para quem está só, para quem sofre, para quem precisa ouvir e cuidar. Se encontrarmos tempo para doar, ficaremos maravilhados e felizes”.