“Os homossexuais têm o direito de fazer parte de uma família. Ninguém deve ser deixado de fora ou sentir-se arrasado por causa disso”

Esta “polémica” afirmação do Papa surge no documentário “Francisco” do realizador Evgeny Afineevsky, apresentado ontem em Roma no Festival de Cinema. O documentário retrata o pontificado deste Papa através de várias entrevistas com o próprio e com pessoas próximas dele.

A ideia geral do cineasta é apresentar a ação da Igreja durante este pontificado, junto dos pobres, migrantes e dos que padecem injustiças.

Hoje mesmo o realizador Evgeny Afineevsky vai receber nos jardins do Vaticano o prémio Kinéo, como reconhecimento da sua preocupação pelos temas sociais e humanitários.

No documentário em causa o Papa fala de assuntos como a pandemia, o racismo, os casos de abusos sexuais, as guerras e as perseguições a minorias, a morte, a justiça social, a imigração, a ecologia, as desigualdades, o materialismo ou o papel da família.

Neste contexto surge a frase que tem corrido as redes sociais interpretada das mais diversas maneiras como é hábito nestas circunstâncias. Desde os setores mais conservadores de dentro e fora da Igreja até aos mais progressistas, encontram-se opiniões muito variadas sobre a afirmação do Papa Francisco.

Sendo novidade, a afirmação não tem nada de novo. O Papa Francisco já abordou este tema por diversas vezes e sempre com o mesmo sentido de acolhimento e proteção das pessoas que, para além de todas as questões pessoais têm direita a uma família.  Por vezes Francisco fala da necessária proteção da família de origem, dizendo aos pais que devem dialogar e acolher os filhos que confidenciam a sua homossexualidade, simplesmente porque são filhos. Outras vezes fala do acolhimento da Igreja para com as pessoas para além da sua sexualidade. E agora fala da proteção que estas pessoas precisam de ver salvaguardada na legislação dos Estados. Nunca o Papa confundiu estas situações com o matrimónio.

Pode ler-se para mais profundidade [Aqui]

1 Comentário

  • Tal qual. Muito bem explicado e contextualizado. Obrigada

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