“Vou ser breve e claro” foram as palavras proferidas pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa na comunicação feita ao país, na noite de ontem, dia 28 de janeiro, depois de aprovar um novo Estado de Emergência.

O novo confinamento justifica-se, segundo o presidente da República, porque “vivemos o período mais difícil da pandemia que dura há quase onze meses”. A entrada em Portugal da variante inglesa do vírus que já atinge em algumas regiões do país mais de 50% dos casos Covid-19, a pressão extrema sobre os hospitais do país, o índice mais elevado da Europa em contágios e de mortes acrescer continuamente, são razão para o alerta do presidente que chama também a atenção dos portugueses para o crescimento da “perigosa insensibilidade à vida e à morte, mesmo de familiares, amigos, vizinhos, de tantos lances da vida”.

Marcelo Rebelo de Sousa insiste para que não se perca a “linha de rumo, a determinação, a capacidade de resistir, de melhorar e de agir”. E alerta que a nova fase da pandemia poderá estar a começar a ocidente e Portugal é dos primeiros, então “é preciso agir depressa e drasticamente”.

As medidas aprovadas para o novo Estado de Emergência revelam a consciência de que “temos que ser mais estritos, mais rigorosos, mais firmes do que fizemos e não fizemos”. Dai a insistência do presidente para que fiquemos em casa e “sair só se imprescindível e com total proteção pessoal e social”, para se poder testar e rastrear para detetar a tempo para impedir a disseminação do vírus e “continuar a vacinar melhor e ainda mais depressa”.

O presidente da República aproveita para falar da vacinação dos que ocupam cargos públicos, recusando “especulações que nos enfraqueçam” referindo-se às notícias sobre a vacinação em massa dos políticos.

Confinamento, ensino à distância e encerramento das fronteiras tanto nas entradas como nas saídas, contratar profissionais entre os “reformados, reservistas, formados no estrangeiro” porque a realidade não pode ser iludida, “não vale a penas fazer de conta porque esta situação é mesmo a pior que vivemos desde março do ano passado” afirma Marcelo.

Este confinamento vai estender-se até março, mas do que for feito por “poderes públicos solidários e portugueses” dependerá o que vai ser a primavera, o verão e o outono. “O custo brutal destas medidas”, diz o presidente, é muito inferior ao custo em vida, saúde, economia e sociedade destruídas por uma pandemia que vá até outubro deste ano”.

“Travar a escalada em curso e já” se queremos ir ainda a tempo de travar a pandemia. Marcelo entende que ainda vamos a tempo, mas temos todos que fazer “mais e melhor”.

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