Ceia da Silva, presidente da Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ETAR) depois de anunciar a sua candidatura à presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA) apresentou na sua página de Facebook um manifesto de Candidatura onde dá a conhecer as “principais linhas de ação e prioridades do mandato que pretendo cumprir”.
Assim, pretende uma “CCDR Alentejo mais forte e liderante” capaz de provocar “desenvolvimento de todo o território” e a convergência dos “parceiros certos” para a “implementação dos projetos estruturais” e de “iniciativas de fomento e de coesão social de que a Região necessita”.
Pretende uma CCDR capaz de atuar “em todo o território” e que abre caminho à iniciativa “dos pequenos e micro empresários e dos jovens empreendedores que querem criar riqueza e emprego” dando a conhecer o “financiamento do futuro PO Regional e das várias linha de apoio associadas”.
Experiente na área do Turismo, Ceia da Silva crê estar dentro das problemáticas tanto no que se refere aos “de investimento externo à Região” que considera importantes mas também no “apoio aos negócios de base local” que, no seu entender, não são menos importantes.
Propõe-se criar “Roteiros da Descoberta Empresarial do Alentejo” num trabalho com associações empresariais setoriais e multissetoriais fundamental para “as dinâmicas da Estratégia Regional de Especialização Inteligente” que segundo ele, não funcionaram até agora e tiveram como consequência “o atraso na ligação das dinâmicas de investigação e inovação aos vários setores da economia regional”.
Ceia da Silva entende que “não basta preparar as estratégias, é preciso concretizá-las” e “não podemos esperar mais”.
Num segundo ponto, o candidato à CCDRA pretende uma “profunda mudança que defendo para a instituição, compatível com o recorte e leque de competência que estas agências, agora mais enraizadas no poder local, apresentarão no futuro”.
Esta mudança passa por:
– ensaiar e montar novas figuras de coordenação e governação
– imprimir um novo ritmo e energia às existentes
– revalorizar a figura do Conselho de Coordenação Intersectorial da CCDR Alentejo e reconhecer este órgão como um espaço efetivo de concertação e de coordenação de políticas setoriais elevadas ao território.
– articulação das respostas setoriais para responder aos problemas do Alentejo
– melhorar a articulação entre políticas para maior eficácia na aplicação dos Fundos Europeus
– articular as respostas concretas a apresentar ao governo sobretudo em setores como as acessibilidades, os transportes, ou o aeroporto de Beja
Na relação com as autarquias, Ceia da Silva, propõe-se criar o Pactos dos Autarcas Alentejanos para troca de experiências em áreas como a economia verde, reabilitação e regeneração urbana, cultura e programação artística, smart cities, mobilidade e gestão costeira, para apresentar na Europa através do Comité das Regiões.
“Uma CCDR mais inteligente”, diz Ceia da Silva, capaz de “produzir reflexão e programação sobre a Região”, apostar mais nos recursos humanos da CCDR Alentejo. Dar uma “nova dinâmica ao Órgão de Acompanhamento das Dinâmicas Regionais do Alentejo” que pretende como Observatório do Território em estreita ligação com estruturas de investigação. Daí ser necessário uma “forte colaboração entre a CCDR, a Universidade de Évora e os Institutos Politécnicos de Beja e Portalegre”.
A CCDR, no entender de Ceia da Silva, precisa de descer ao terreno, indo ao encontro dos cidadãos. E propõe-se, para isso:
– Melhorar a comunicação para os cidadãos, e não apenas no âmbito da gestão dos Fundos Europeus;
– Promover parcerias plurianuais com os órgãos de comunicação social regionais;
– Organizar os Encontros no Alentejo – Levar a Europa ao Território, potenciando a visibilidade de projetos de referência;
– Implementar a iniciativa “Uma Dia na Freguesia”, em conjunto com as Câmaras Municipais e Juntas respetivas.
– Tornar as delegações da CCDR sejam parte ativa neste esforço de descentralização no interior do próprio território.
Por fim entende que a CCDR deve ter maior capacidade de comunicação para o exterior, com projeção internacional. Defende, por isso, “uma CCDR comprometida com a atração de investimento e de talentos, disponibilizando informação útil que seja oportuna, fazendo uso das novas tecnologias, por exemplo, para enquadrar as melhores localizações para as várias tipologias de negócio, em função das orientações e condicionantes do PROT”.
A CCDR precisa de uma “política de marketing territorial” neste sentido “deverá fomentar a realização de ações de promoção integrada, ligando os “setores bandeira” da região (Vinhos, Azeite, Minérios, Turismo, Agricultura) numa verdadeira estratégia de marketing territorial”.
A candidatura de Ceia da Silva é um “compromisso com a Região, com os autarcas e eleitos locais, com os agentes económicos e associativos”.