Importância Económica e Social das IPSS em Portugal
- 01/08/2020
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Foi recentemente apresentado o estudo “Importância Económica e Social das IPSS em Portugal: Central de Balanços (2016, 2017 e 2018)”, encomendado pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) à ATES – Área Transversal de Economia Social da Universidade Católica Portuguesa (polo do Porto). Na apresentação, Américo Carvalho Mendes, docente da UCP e coordenador do estudo, explica que, relativamente ao financiamento das IPSS “nesta série de três anos há uma diminuição continuada da percentagem do financiamento que vem da Segurança Social e do sector público, sendo isso compensado por um aumento da parte paga pelos utentes, o que não é uma evolução no bom sentido”. “Isso significa que os utentes estão a pagar cada vez mais, pesando cada vez mais nos rendimentos das IPSS. O papel de inclusão social destas instituições está a regredir. São forçadas a isso por causa do recuo do Estado, das entidades públicas, não havendo ao mesmo tempo aumento das contribuições voluntárias dos donativos da sociedade civil que seria uma forma de compensar a falta do Estado. Essa percentagem também estagnou e não há sinais de aumento”, adverte.
Quanto aos gastos, estas instituições, têm nos recursos humanos a fatia mais pesada, na ordem dos 58,43% (2016), 59,48% (2017) e 59,56 (2018). Salientou-se o importante papel das IPSS na “redução das disparidades regionais por providenciarem emprego nas localidades onde não há mais alternativas para além das câmaras municipais” e onde estas instituições representam 15/20 por cento do emprego. “É um valor muito elevado. É um papel muito importante das instituições” refere Américo Carvalho Mendes.
O estudo foi apresentado no Porto, na Casa Serralves no dia 30 de julhos pelas 17h30. Este é o segundo estudo encomendado pela CNIS. O primeiro “Importância Económica e Social das IPSS em Portugal” foi realizado em 2018.