Em carta dirigida aos párocos e membros dos Serviços Paroquiais de Ação Social, o arcebispo de Évora manifesta a sua “preocupação em relação às realidades sociais que se anteveem
neste atual contexto que nos é dado a viver”. A instabilidade sanitária, “ameaça inesperada para a nossa vida, deve fazer-nos olhar com especial atenção e cuidado para quem está ao nosso lado, impelir-nos a identificar situações de carência, indo além do puro assistencialismo”.
O Arcebispo pede que os cristãos tenham “coração que vê” e que “se entrega e implica na resolução dos problemas de quem menos pode ou tem”. Neste sentido D. Francisco recorda que o modo de agir dos cristãos leva-os até “às raízes, ou seja, às causas das diversas situações” ultrapassando o mero assistencialismo, o que só é possível quando a “proximidade sem exclusão é levada às últimas consequências”. Para tal reconhece a necessidade de “estruturas mais justas, transparentes, equitativas, livres e exigentes”, pelo que “importa incentivar um reforço da unidade entre os vários agentes da Pastoral Social da Arquidiocese a fim de se prover uma estruturação concreta de respostas com dimensão local para os vários problemas sociais com que nos deparamos”.
Neste sentido o arcebispo confia à Cáritas Diocesana a coordenação e articulação com os párocos e Serviços Sociais de Ação Social de modo a garantir:
– Em cada Paróquia exista um Serviço Paroquial de Ação Social (Grupo Cáritas), composto por pelo menos 3 voluntários, bem como por representantes de instituições já existentes (Centros Sociais Paroquiais, Conferências Vicentinas, Santas Casas da Misericórdia, entre outras);
– Aos membros destes grupos é facilitada a frequência, a título gratuito, do curso SPAS+ – Formação-Ação para Serviços Paroquiais de Ação Social, com a duração de 10 horas, em regime online, certificado pela UNITATE;
– Os Grupos Cáritas promovem junto das comunidades um atendimento social de capilar proximidade fundamentado numa consciência esclarecida dos problemas de modo a suscitar atuações adequadas;
– Às pessoas necessitadas são proporcionadas as ajudas possíveis de modo personalizado e visando sempre uma resposta global e estruturada;
– Os Serviços Paroquiais de Ação Social participam ativamente em processos de desenvolvimento local que se desencadeiem no espaço conjunto de autarquias, instituições de solidariedade social, estabelecimentos de ensino aos diferentes níveis e outras forças vivas presentes no terreno.