JMJ 2023: Logotipo da edição de Lisboa aposta na imagem de Portugal e ideia de «caminho»
- 16/10/2020
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Foi apresentado hoje, em Lisboa o logotipo para a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa que se realiza em 2023. O vencedor do concurso internacional para o logotipo, é uma jovem portuguesa e traduz as cores da bandeira portuguesas, os elementos da devoção Mariana e a ideia de caminho baseada na frase tema da Jornada ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ (Lc 1, 39) que foi proposta pelo Papa Francisco.
Explicação dos elementos do logotipo da JMJ 2023
Foto: Logotipo oficial da JMJ 2023
Cruz
A Cruz de Cristo, sinal do amor infinito de Deus pela humanidade, é o elemento central, de onde tudo nasce.
Caminho
Tal como indica o relato da Visitação que dá tema à JMJ Lisboa 2023, Maria parte, pondo-se a caminho para viver a vontade de Deus, e dispondo-se a servir Isabel. Este movimento sublinha o convite feito aos jovens para renovarem ‘o vigor interior, os sonhos, o entusiasmo, a esperança e a generosidade’ (Christus Vivit, 20). A acompanhar o caminho surge, ainda, uma forma dinâmica que evoca o Espírito Santo.
Terço
A opção pelo terço celebra a espiritualidade do povo português na sua devoção a Nossa Senhora de Fátima. Este é colocado no caminho para invocar a experiência de peregrinação que é tão marcante em Portugal.
Maria
Maria foi desenhada jovem para representar a figura do Evangelho de São Lucas (Lc 1, 39) e potenciar uma maior identificação com os jovens. O desenho exprime a juvenilidade própria da sua idade, característica de quem ainda não foi mãe, mas carrega em si a luz do mundo. Esta figura aparece levemente inclinada, para mostrar a atitude decidida da Virgem Maria.
As cores escolhidas (verde, vermelho e amarelo) evocam a bandeira portuguesa.
A proposta vencedora foi escolhida num concurso internacional promovido pelo Comité Organizador Local (COL), que contou com a participação de centenas de candidatos, provenientes de 30 países dos cinco continentes”.
Beatriz Roque Antunes, jovem designer portuguesa de 24 anos, estudou Design em Londres e na Faculdade de Belas Artes de Lisboa; atualmente trabalha numa agência de comunicação, na capital portuguesa.
A diretora de arte apresenta-se num vídeo, divulgado pelo COL, onde confessa a ansiedade por saber o resultado do concurso: “Há várias semanas andava a querer muito que o telefonema acontecesse”.
A ideia de concorrer nasceu ao acompanhar a irmã e um grupo de amigos na construção de uma proposta para o hino da JMJ 2023.
A designer fez uma análise dos logos das edições anteriores, a começar pela Cruz, “atravessada por um caminho”.
A inspiração central parte do tema proposto pelo Papa Francisco, ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1, 39) relativa à visita da Virgem Maria à sua prima, Santa Isabel, mãe de São João Batista, durante a gravidez de ambas.
“Esta decisão de Maria de ir visitar a sua prima Isabel é muito inspiradora, porque Maria não se acomoda. É esse o convite aos jovens: que não se acomodem, que se levantem, que façam acontecer, que construam e não deixem o destino do mundo nas mãos dos outros”, diz Beatriz Roque Antunes.
O percurso, assinala, começa na sigla da JMJ porque “o caminho não acaba na Jornada”.A vencedora do concurso que elegeu o logo da JMJ 2023 fala ainda da opção por apresentar uma Cruz atravessada por um caminho onde surge o Espírito Santo, elemento de “dinâmica”, a que se somou o terço, nas “cores de Portugal”, e a figura da Virgem Maria.
Beatriz Roque Antunes.
Foto: JMJ 2023
O lançamento da imagem do encontro internacional de Lisboa decorreu num evento digital, transmitido através das páginas da JMJ no Facebook (disponível em 22 idiomas) e Youtube; também hoje foi lançado o site da JMJ 2023.
A triagem inicial dos trabalhos foi feita por uma equipa de académicos da Universidade Católica Portuguesa que selecionou 21 propostas; estas foram depois avaliadas por profissionais da área do marketing e da comunicação, provenientes de agências de comunicação presentes em Portugal, que elegeram três finalistas.
A decisão final coube ao Vaticano, através do Dicastério para os Leigos, Família e Vida.
A escolha de Lisboa como primeira cidade portuguesa a acolher uma edição internacional da JMJ aconteceu a 27 de janeiro de 2019, no Panamá.
Foto: Agência ECCLESIA
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.
A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
Fonte: https://agencia.ecclesia.pt/portal/jmj-2023-logotipo-da-edicao-de-lisboa-aposta-na-imagem-de-portugal-e-ideia-de-caminho/