Na comunicação feita ao país, ontem pelas 20h00, para anunciar um novo Estado de Emergência com início no próximo dia 24 pelas 00h00 até ao dia 8 de dezembro pelas 23h59, o Presidente da república deixou em aberto a possibilidade de um novo Estado de Emergência de 9 a 23 de dezembro, não sendo certo que os números de novos casos baixem o suficiente para passar o Natal com a tranquilidade desejada.

Na mesma comunicação, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou em aberto a possibilidade de uma “nova subida de casos, ou dito mais simplesmente, uma terceira vaga” que, segundo o presidente acontecerá já em 2021, por janeiro ou fevereiro.

Em causa está a “pressão que existe sobre o SNS e mesmo o sistema nacional de saúde em geral. Pressão essa que vai aumentar nos próximos dias e semanas e que cumpre evitar que culmine em situações críticas generalizadas, o que implica a exigência de tentar conter o curso da pandemia em dezembro e certamente também nos primeiros meses de 2021”. Marcelo utiliza expressões duras para contenção dos portugueses a fim de se poder controlar o contágio e garantir a vida o mais normal possível apesar do vírus. Caso contrário, não se for necessário poderá propor “mais renovações” que podem ir até ao fim do ano. “Não hesitarei” diz Marcelo Rebelo de Sousa.

Preocupa, neste momento, o Presidente da República o facto de o aumento de casos positivos vir a afetar o bom funcionamento dos hospitais, tanto no tratamento da Covid-19 como no tratamento das demais patologias “será dramático para doentes Covid e para os muitos, muitos mais doentes não-Covid”, diz e também o preocupa saber que a vacina mesmo que esteja disponível em janeiro vai levar meses para chegar a todas as camadas da população portuguesa que a deseje.

E entre chamadas de atenção, Marcelo Rebelo de Sousa, pede que “não se facilite” e que façamos como sempre fizemos, “aguentar”, “combater”, “perder e recuperar”, “não desistindo e tendo de refazer vidas”. “Foi assim que no passado, nós portugueses superámos as piores horas, mais unidos que divididos, esperando para além de todos os desesperos. Nunca desistindo de o fazer. Nunca desistimos de Portugal” conclui.

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