Depois de cinco anos de mandato presidencial e uma campanha totalmente atípica, na qual pouco investiu de meios, tempo e dinheiro, Marcelo Rebelo de Sousa, como se esperava, ganhou à primeira volta.
Dos 10. 791. 490 eleitores, votaram 4.261.209 pessoas e destes votaram em Marcelo 60,70%. Na realidade, Marcelo ganhou em todos os concelhos do continente e das ilhas. O inclino de Belém inaugura um segundo mandato com 2.533.799 votos, mais do que tinha recebido na primeira eleição de 2016.
Neste momento, Portugal é Marcelo, um Portugal onde a esquerda foi vencida, com apenas 4,33% para João Ferreira, 3,94% para Marisa Matias, 3,2% para Tiago Mayana e 2,95 para Vitorino Silva. A direita está dividida e a navegar em águas turbulentas, assustada com André Ventura que arrecadou 11,90% dos votos ficando em terceiro lugar atrás da socialista independente Ana Gomes com 12,97%.
Portugal é Marcelo e Marcelo tem pela frente um pais, como ele próprio disse, “para recriar”. Se, para Marcelo, neste momento o importante é “o combate à pandemia” a verdade é que é necessário recriar Portugal tanto na política que se apresenta com novo rosto depois destas eleições, reconstruir a economia, a saúde, a educação, reconstruir a confiança dos portugueses abalados e pouco esperançosos.