No início de um novo ano pastoral e escolar, a Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé avançou com uma mensagem dirigida a todos os que “abraçam este desafio em tempos de incerteza e de dificuldades variadas”
A mensagem, em quatro pontos essenciais, refere as exigências impostas pela pandemia “que reduziu ou empobreceu muitas dimensões da vida”, mas que ao mesmo tempo “desafiou-nos a descobrir e a ter tempo para o essencial”, “impulsionou para um olhar e um cuidado generoso e criativo no serviço aos mais frágeis e desprotegidos” e “uma valorização das redes sociais”.
Num segundo ponto, refere-se a importância crucial da família como lugar da vida e comunicadora de valores, geradora de afetos e de laços e refúgio perante as ameaças. A par da família salienta-se o papel das dioceses, paróquia e escolas como instituições ao serviço da família para o cumprimento da sua missão de educar. Gerou-se um novo normal também no que se refere a vivência da fé, tornando-se a família a escola e a “Igreja doméstica”
No terceiro ponto salienta-se o papel da catequese e da aula de Educação Moral e Religiosa Católica como lugar de uma consciencialização do papel e importância da família como espaço educativo apresentando propostas que neste tempo de pandemia têm que ser aprofundadas
A Catequese, a Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) e a Escola Católica têm prestado atenção e cuidado à família, na sua missão evangelizadora, com propostas válidas para apoiar a sua missão educativa. Perante as circunstâncias presentes, e abertos à luz do Espírito, torna-se imperioso aprofundá-las e abrir caminhos para o futuro.
No último ponto da mensagem surgem as propostas que nascem de verdadeiras preocupações que são apresentadas em cinco desafios: 1. Escutar as famílias, as suas sugestões, descobrir as suas dificuldades e êxitos alcançados. 2. Que os educadores cristãos cultivem uma relação cordial, de proximidade e de abertura uns com os outros, com a comunidade, com a família e com as Instituições educativas e chamem mesmo novos colaboradores. 3. Consciencializar as famílias de que estamos a viver uma mudança de época e, portanto, precisamos de descobrir em conjunto caminhos novos para preparar o futuro, que não é um regresso ao passado, como alguns sonham. 4. Cuidar a dimensão espiritual na formação dos pais sobretudo na preparação para as festas da catequese. 5. Proporcionar às comunidades e às famílias subsídios digitais de qualidade, práticos e acessíveis para a educação cristã.