O governo disponibiliza 52 mil vagas para o ensino superior, mas não vê realizado o seu desejo de aumentar em 15% o número de vagas para o curso de Medicina. As Universidades recusaram a proposta do governo por não se justificar tendo em conta as necessidades do país e comprometer a qualidade do ensino por falta de condições de acompanhamento dos alunos nos serviços de saúde.

Em entrevista à  Rádio Renascença o ministro Manuel Heitor diz que o Ensino Superior ganha com a diversificação e a especialização e no que se refere à medicina avança com a proposta à Universidades de Aveiro, Évora e Católica, entre outras, para que sejam elas a aumentar a oferta nesta área.

A grande preocupação, sobretudo na área da saúde, é que os estudantes portugueses acabem por ir para universidades estrangeiras porque há uma grande procura de profissionais neste ramo.

Segundo o governante o aumento mais significativo nas vagas deste ano verifica-se nas áreas digitais, cerca de 2,8% e no ensino politécnico onde o aumento é mais significativo que no ensino universitário.

Para Manuel Heitor a formação superior é geradora de emprego e não ao contrário, e deve ser preocupação de todos que o número de alunos no ensino superior passe de 50% dos estudantes para 60% já na próxima década. Acrescenta, ainda, que o desafio passa por estudar ao longo da vida e este é um desafio coletivo.

A formação, no entanto, realiza-se incluindo e não excluindo, daí que tenha cabimento no ensino superior a existência de cursos onde se entra com médias negativas porque, refere, dá-se a oportunidade para “capacitar nas mais variadas áreas, naturalmente técnicas e temáticas dos cursos mas também das condições socioculturais. O segredo está em formar. Depois é necessária uma aposta cada vez maior para “níveis de diversificação social, das atitudes, dos gostos, e por isso sabemos que temos de caminhar não apenas para o alargamento, abrindo mais o Ensino Superior à sociedade, mas também diversificando e especializando. E para uma maior especialização, é preciso uma maior ligação à atividade de investigação e com a procura de novos conhecimentos”.

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