De acordo com um estudo estatístico feito para a União Europeia (UE), dois terços das mortes ocorridas antes dos 75 anos podiam ter sido evitadas. O estudo é feito com base nos dados de 2016 e refere que morreram em toda a EU 1,5 milhão de pessoas com menos de 75 anos. Destes, um milhão tinha sido evitado, são mortes prematuras de acordo com uma lista da OCDE.
Considera-se que estas mortes não teriam ocorrido prematuramente se tivesse havido “intervenções eficazes de saúde pública e prevenção primária (mortes evitáveis) ou por meio de intervenções oportunas e eficazes de saúde (mortes tratáveis)” refere o estudo.
As causas mais comuns de morte prematura a UE são “doenças isquêmicas do coração (taxa de mortalidade padronizada de 18,9 por 100.000 habitantes com menos de 75 anos), câncer colorretal (15,1), câncer de mama (apenas mulheres; 10,9), doenças cerebrovasculares (10,0) e pneumonia (5,2). Em 2016, estas cinco causas foram responsáveis por 65% de todas as mortes por doenças / afeções tratáveis na UE”
Em 10.000 habitantes com menos de 75 anos 37 morrem com cancro do pulmão, 19 com doenças isquêmicas do coração, 11,7 de doenças provocadas pelo álcool, 10 de AVC e doença pulmonar crónica.
O cancro do pulmão continua a ser a que apresenta maior taxa de mortalidade e no maior número de países da EU.
Num outro artigo da Eurostat “Estatísticas de mortalidade evitável e tratável” encontra-se a explicação do que significa mortalidade evitável e tratável. “O conceito de mortalidade tratável e evitável é baseado na ideia de que certas mortes poderiam ser ‘evitadas’ entre pessoas com menos de 75 anos. Em outras palavras, essas mortes evitáveis não teriam ocorrido nesta fase (antes dos 75 anos de idade) se houvesse saúde pública mais eficaz e / ou intervenções médicas em vigor.
Uma mortalidade é considerada tratável se a morte pudesse ter sido evitada por meio de cuidados de saúde de ótima qualidade.
O conceito de mortes evitáveis abrange as mortes que poderiam ter sido evitadas por intervenções de saúde pública com foco em determinantes mais amplos da saúde pública, como fatores de comportamento e estilo de vida, status socioeconómico e fatores ambientais”.