Depois dos números de ontem 14.467 novos infetados com Covid-19 e 219 mortos a pressão sobre o governo aumentou tornando impossível manter a decisão de continuar com o ensino presencial. Os especialistas já tinham alertado para o perigo que estava a ser para todos manter as Escolas abertas. A pressão de pais e professores, assustados com os números e incapazes de cumprir as regras de confinamento por causa dos filhos e dos alunos, foi aumentando sobre o governo intransigente. Alguns autarcas a sentirem a gravidade da situação nos seus concelhos tomaram decisões à revelia do Ministério da Educação e da Saúde Pública. Na decisão teve particular importância a intervenção de médicos e enfermeiros que nos últimos dias mostram o colapso em que se encontram os hospitais e a dificuldade de socorrer todos os portugueses por falta de meios humanos.

Ontem à noite o Primeiro Ministro reuniu com os ministros da Saúde, da Educação, da Presidência e Ensino Superior e decidiram fechar as Escolas desde as Creches ao Ensino Superior a partir de sexta-feira, dia 22 de janeiro. Hoje, depois do Conselho de Ministros será feito o anúncio de encerramentos das Escolas.

Na decisão do governo estão os números absolutamente anormais e nunca atingidos em Portugal mas também a presença cada vez mais significativa da nova variante do vírus conhecida como variante britânica e que, segundo os especialistas, tem maior rapidez na transmissão e atinge mais as crianças que a estirpe conhecida no nosso país.

O ensino à distância exige a presença dos pais juntos dos filhos menores o que vai impedir muitos pais de continuarem a trabalhar. Esta situação vai exigir também um apoio por parte do governo para garantir a sustentabilidade destas famílias.

Deixe um Comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *