A pandemia evidenciou a difícil situação dos pobres e a grande desigualdade no mundo, e que, ao contrário do vírus, que não faz exceção entre ricos e pobres, os homens, sim, fazem discriminações. Por essa razão, a resposta à pandemia deve ser dupla: encontrar a cura para o vírus do corpo e curar o grande vírus da injustiça social. Neste contexto, há uma escolha que não pode faltar: a opção preferencial pelos pobres. De fato, o próprio Cristo, Deus feito homem, quis nascer numa família humilde e anunciou que são bem-aventurados os pobres. Por isso, os discípulos de Jesus – todos na Igreja – movidos pela fé, esperança e caridade devem caminhar junto com os pobres, pequeninos, doentes, encarcerados, excluídos e esquecidos, deixando-se também evangelizar pelo seu exemplo de fé. Oxalá o desejo de voltar à normalidade e retomar as atividades económicas após a pandemia não signifique voltar a considerar as injustiças e o degrado do ambiente como algo normal. Que o exemplo de Jesus, médico do corpo e da alma, inspire uma economia do desenvolvimento integral dos pobres, que supere o assistencialismo, e que os esforços por encontrar uma cura para o vírus possam privilegiar os mais necessitados, de modo que possamos ter esperança num mundo verdadeiramente mais sadio. (Catequese de quarta feira 19.08.2020)

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