Eram muitos os que esperavam a notícia sobre as orientações para a reabertura dos Centros de dia. Em consequência da pandemia ocasionada pelo vírus Covid 19, foram suspensas as atividades em determinados equipamentos sociais. Invariavelmente, ao abrigo da necessidade de proteger uma população mais frágil e muito suscetível às consequências da contaminação como são os idosos, foram encerrados os Centros de Dia. Situações graves de isolamento, ausência de convívio social, falta de condições de habitabilidade, ausência de zonas de duche, muitas foram as realidades encontradas pelos idosos que regressaram às suas casas.
Quando reabre o centro? É a pergunta ainda repetida por muitos. Outros, neste tempo de espera mudaram de vida, integrando lares ou indo viver para a casa de familiares.
Finalmente há luz verde para a reabertura dos Centros de dia.
Importa recordar que esta resposta desempenha um papel fundamental na sociabilização, no bem-estar físico, psicológico e emocional e na auto-estima das pessoas idosas. Cumpre ainda uma função importantíssima, no auxílio aos cuidadores na medida da partilha de responsabilidades na tarefa de cuidar.
Importa ler as orientações emitidas pela DGS sobre a reabertura desta resposta social prevista a partir de dia 15 deste mês. Prevê-se uma abertura faseada e o funcionamento destas estruturas terá que garantir o cumprimento escrupuloso das medidas de prevenção e controlo preconizadas nesta fase pela DGS.
Relativamente às matérias deste guião, podem ler-se aspetos relacionados com o distanciamento físico; com o parecer obrigatório do médico assistente em casos de idosos com elevado risco de contágio e situações clínicas que também elas de risco; regras de transporte e uso dos espaços, nomeadamente locais de lazer; procedimentos prévios à reabertura dos espaços; condições de funcionamento e das instalações, entre outras.
Uma das matérias que destaco das orientações contidas neste guião é “Informação, formação e treino” lembrando a importância central da preparação dos profissionais para o conhecimento do Plano de Contingência e para as novas regras de funcionamento. Para além da capacitação dos profissionais, importa não esquecer que as pessoas idosas devem igualmente ser informadas e sensibilizadas. Elas próprias são, a par dos outros intervenientes, agentes de saúde pública e, na medida das suas capacidades físicas e cognitivas, devem ser contribuintes ativos para a prevenção de contágios e a garantia do auto cuidado e do bem comum.
A todos, boa sorte para os desafios que por aí vêm.◄