
Depois da polémica levantada sobre a oferta de vacinas excedentes das ações de vacinação a pessoas não prioritárias e após algumas situações de toma abusiva da vacina, o governo manda fazer listas de suplentes para a vacinação.
O pedido feito pelo Conselho Clínico e de Saúde, do Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central, às instituições de solidariedade social para o envio do nome completo e nº de utente de utentes e funcionários pertencentes a essa Instituição, pareceu a algumas instituições pouco explícito sobretudo quando membros da direção estão presentes diariamente na instituição. Há casos em que as listas de funcionárias inseriram pelo meio o nome dos membros da direção e casos em que o nome destes foi enviado em listagem própria e identificados como membros da direção.
Esta confusão, de acordo com algumas instituições, não foi alvo de nenhum reparo por parte de quem tem a responsabilidade de fazer a triagem, o Conselho Clínico e de Saúde. Do mesmo modo, os médicos e enfermeiros responsáveis pela vacinação também não parece terem sido devidamente informados sobre os procedimentos a seguir quando no final das sessões de vacinação são confrontados com uma, duas ou mais doses de vacina a mais. Perante isto, algumas equipas decidem vacinar alguém em alternativa a deitar fora as vacinas. Esta situação é totalmente distinta, ainda que possa ser reprovável, de todas as outras em que houve efetivamente toma abusiva de vacina.
Prova de que era necessário um esclarecimento é a decisão do ministério da saúde de “reforçar instruções” e exigir que se prepare antecipadamente uma lista de suplentes, para o caso de haver sobra de doses em cada sessão de vacinação. Esta medida devia ter sido implementada desde o início para não se gerarem situações de constrangimento. O ministério da saúde decidiu ainda colocar no terreno, já esta semana, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde para fazer auditorias.