A Vespa velutina (Vespa Asiática) foi detetada no nosso país em 2011, na Região Norte, atualmente a sua presença estende-se a todo o território nacional, com uma maior incidência a Norte do Rio Tejo.
Foi criada uma ferramenta de trabalho, a aplicação STOPvespa, que tem como principal objetivo, apoiar a identificação e o controlo da vespa asiática (Vespa velutina) em Portugal Continental, através da georreferenciação online dos avistamentos e dos ninhos desta espécie exótica invasora, esta ferramenta contribui para a comunicação entre a população, os técnicos dos municípios e a administração central, bem como para o apoio à gestão desta problemática e à tomada de decisão. Segundo esta mesma aplicação foi identificado a 5 de julho de 2020 o primeiro ninho na nossa região, mais concretamente no concelho de Alandroal. A 19 de setembro de 2020 foi registado outro ninho no concelho de Portel.
É do conhecimento do Jornal Palavra, a localização de um ninho de Vespa velutina no concelho de Reguengos de Monsaraz no início do mês de novembro. O mesmo foi destruído não tendo sido reportada qualquer informação e localização às autoridades competentes.
De acordo com a DGS, a vespa velutina instala-se sobretudo em áreas urbanas e periurbanas. Por tratar-se de uma espécie carnívora e predadora de abelhas, configura uma ameaça à sustentabilidade da apicultura em território nacional, com eventuais consequências diretas na produção de mel e produtos relacionados, assim como na produção agrícola, por via da diminuição da polinização vegetal, ponderada a importância das abelhas melíferas nesta relevante função biológica.
Constitui também um risco para as populações. «No caso de sentirem os ninhos ameaçados, reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros. O tratamento da picada requer os cuidados habituais para picada deste tipo de insetos», informa a DGS.
Como identificar a vespa asiática ou vespa velutina?
É uma vespa de grandes dimensões que pode chegar aos três centímetros. A cabeça é preta com face laranja / amarelada.
O corpo é castanho-escuro ou preto aveludado, limitado por uma faixa fina amarelada e um único segmento abdominal quase inteiramente amarelo-alaranjado.
Os ninhos primários têm cerca de cinco – dez centímetros. Os ninhos secundários têm uma forma redonda ou em pera, com cerca de cinquenta – oitenta centímetros de diâmetro, e são geralmente feitos em árvores altas, em áreas urbanas e rurais.
O que fazer no caso de detetar ninhos de vespa asiática?
Contactar Bombeiros Voluntários, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia.
Em caso de picada deve deslocar-se ao Centro de Saúde mais próximo.
Não usar armas de fogo.
Não destruir parcialmente o ninho, porque dissemina as vespas que constituem assim novos ninhos.
A destruição de ninhos deve ser feita por pessoas especializadas para o efeito.
A deteção ou a suspeita de existência de ninho ou de exemplares de Vespa velutina nigrithorax deverá ser comunicada através de um dos seguintes meios:
◘ inserção/georreferenciação online do ninho ou dos exemplares de vespa e preenchimento online de um formulário com informação sobre os mesmos, disponível em stopvespa.icnf.pt, acessível a partir dos portais da Direção Geral de Veterinária e Alimentação, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, das Direções Regionais de Agricultura e Pescas, do SEPNA/Guarda Nacional Republicana e das Câmaras Municipais respetivas;
◘ preenchimento de um formulário – Anexo 4 – e envio para a Câmara Municipal da área onde ocorreu a observação;
◘ preenchimento via Smartphone disponível no portal stopvespa.icnf.pt;
◘ contactar a linha SOS AMBIENTE (808 200 520). Neste caso o observador será informado do procedimento a seguir para a efetiva comunicação da suspeita;
◘ poderá também solicitar a colaboração da junta de freguesia mais próxima do local de deteção/suspeita, para o preenchimento do formulário – Anexo 4. ◄
