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Partido Socialista conquista maioria absoluta nas eleições legislativas

O Partido Socialista foi o grande vencedor das eleições legislativas. O partido liderado por António Costa conseguiu alcançar a maioria absoluta nas votações que decorreram este domingo, 30 de janeiro, elegendo 117 deputados para a Assembleia da República, quando ainda faltam apurar os votos fora de Portugal (4 mandatos). Recorde-se que, antes da dissolução do Parlamento, os socialistas tinham 106 lugares, sendo que para obter maioria é necessário que um partido tenha mais de 115 assentos (de um total de 230 disponíveis).

O PSD foi eleito segunda força política, conquistando 71 deputados, menos seis que nas legislativas de 2019. O líder dos sociais-democratas, Rui Rio, deu a entender, na conferência de imprensa após a divulgação dos resultados, que deverá colocar o seu lugar à disposição.

Mas as vitórias não foram apenas para os socialistas, já que também o Chega aumenta, de forma expressiva, os seus representantes no Parlamento. O partido de André Ventura passa de 1 para 12 deputados, consolidando-se como a terceira opção dos portugueses.

Outra subida significativa foi registada pelo Iniciativa Liberal. Há dois anos, o partido de Cotrim Figueiredo tinha apenas o seu líder como representante na Assembleia da República, mas vai agora contar com mais sete deputados.

Quedas vertiginosas registadas também pelo Bloco de Esquerda, que passa de 18 para 4 deputados, e pela CDU, que elege seis deputados, quando há dois anos tinha conseguido 11. João Oliveira, líder parlamentar do partido liderado por Jerónimo de Sousa e que concorria pelo círculo eleitoral de Évora, ficou fora dos escolhidos.
O Partido Animais e Natureza, que tinha sido uma das forças políticas a conquistar lugares em 2019, diminui agora de 4 para 1 os seus representantes, ficando apenas a líder, Inês Sousa Real.

O Livre, que há dois anos tinha conquistado um lugar (ocupado por Joacine Katar Moreira, que, entretanto, se tornou deputada independente), volta a conseguir uma cadeira, que será ocupada por Rui Tavares.

No entanto, o grande desaire da noite foi registado pelo CDS-PP. O partido de Francisco Rodrigues Santos, que já em 2019 ficara apenas com cinco assentos, deixa agora de ter representação parlamentar, não elegendo qualquer deputado. O líder do partido apresentou demissão após conhecer os resultados.

Quanto à abstenção, sofreu uma queda de 3,46% ante os resultados de 2019, tendo votado 57,96% dos portugueses inscritos nos cadernos, o que se traduz em 5389705 eleitores a exercerem o seu direito/dever.

Registaram-se ainda 1,15% de votos em branco e 0,92% considerados nulos.

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