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Claustro da Universidade de Évora

UÉ inaugura a Évora Molten Salt Platform

A Universidade de Évora (UÉ) inaugura amanhã, dia 28 de abril, no polo da Mitra a Évora Molten Salt Platform (EMSP), uma infraestrutura científica dedicada à investigação do uso de sais fundidos na conversão termoeléctrica da energia solar. A cerimónia está marcada para as 9h30m, com a presença de  representante do governo alemão e de João Galamba, secretário de Estado do Ambiente e Energia.

Trata-se de uma  infraestrutura pioneira na utilização de sais fundidos como fluido de transferência térmica em Centrais Solares de Concentração num projeto realizado em parceria com o Instituto de Investigação Solar do DLR – Deutsches Zentrum für Luft- und Raumfahrt (Agência Aeroespacial alemã).

Ao contrário das centrais convencionais, utilizando óleo térmico como fluido de transferência de calor no campo solar, na EMSP foi adotado o uso de sais fundidos em toda a central – campo solar e armazenamento térmico, um avanço tecnológico que permite um aumento da temperatura de operação – e do rendimento de conversão termoeléctrica – em relação às centrais convencionais com óleo térmico.

Dotada de armazenamento térmico de grande capacidade, esta tecnologia permite não apenas uma redução do custo final da eletricidade (LCOE) mas também o seu armazenamento e despachabilidade em períodos noturnos, podendo até cobrir as 24 h diárias.

O campo solar é constituído por 36 coletores cilindro-parabólicos de grande dimensão, com um comprimento total de 684 metros e uma potência nominal de 3,4 MW térmicos. Dispõe de um circuito hidráulico solar, onde circulam sais fundidos. O sistema de armazenamento é composto por dois tanques, um frio e outro quente, com uma capacidade de 35m³ cada. A infraestrutura contempla ainda um tanque experimental de armazenamento térmico, recorrendo a materiais inovadores, com um volume de 30m³.

A EMSP irá ainda receber a instalação de um campo de concentradores solares do tipo ALFR – Advanced Linear Fresnel Reflector, com 28m2, que irá utilizar sais fundidos como fluido de transferência de calor e, também, como meio de armazenamento de calor. Esta infraestrutura funciona como campus experimental de ensaios na área de geração termoelétrica solar, sendo uma infraestrutura única em Portugal.

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