“A missão cumprida é ainda melhor quando o retorno começa a chegar!”
O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica regularmente desde 1993 estudos sobre o poder de compra concelhio (EPCC).
Estes EPCC têm por objetivo caraterizar os municípios portugueses relativamente ao poder de compra numa aceção ampla de bem-estar material, a partir de um conjunto de variáveis e com o recurso a um modelo de análise fatorial em componentes principais. O INE tenta, assim, contribuir para a oferta de informação ao nível dos municípios, através da disponibilização de indicadores de síntese que traduzem o poder de compra manifestados nestas unidades administrativas que correspondem aos municípios portugueses.
Enquanto indicador compósito, o EPCC integra uma vasta quantidade de informação num formato de leitura simples e o modelo específico da análise fatorial acrescenta a capacidade de captar as diferentes dimensões do fenómeno em análise, neste caso, o poder de compra manifestado nos municípios.
Apenas para que possam atestar a qualidade e a robustez do indicador, reproduzo a informação de base que o INE disponibiliza sobre as variáveis que o compõem….
• IRS liquidado, segundo o município de residência do contribuinte, per capita;
• Rendimento bruto declarado para efeitos de IRS;
• Valor das compras nacionais através de terminais de pagamento automático, segundo a localização do terminal de pagamento automático, per capita;
• Valor das operações de pagamentos em caixas automáticas, segundo a localização do caixa automático, per capita;
• Valor dos levantamentos nacionais em caixas automáticas, segundo a localização do caixa automática, per capita;
• Crédito concedido a clientes para habitação, per capita;
• População residente em lugares com 5.000 ou mais habitantes em proporção da população residente total;
• Ganho mensal dos trabalhadores por conta de outrem a tempo completo com remuneração completa, por município do estabelecimento, per capita;
• Número de veículos ligeiros de passageiros vendidos, segundo o local de residência dos proprietários, per capita;
• Volume de negócios das empresas da divisão 47 da CAE-Rev.3;
• Valor dos levantamentos internacionais em caixas automáticas, per capita:
• Valor das compras internacionais através de terminais de pagamento automático, segundo a localização do terminal de pagamento automático, per capita;
• Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), segundo o município de localização do imóvel, per capita;
• Valor dos contratos de compra e venda de prédios urbanos, segundo a localização do imóvel, per capita;
• Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), segundo o município de localização do imóvel, per capita;
• Volume de negócios das empresas da divisão 56 da CAE-Rev.3 (restauração), com atividade, segundo o município do estabelecimento, per capita.
Com base nestas 16 variáveis, o EPCC disponibiliza o Indicador per capita do Poder de Compra (IpC) é um indicador sintético, muito robusto, que pretende traduzir o poder de compra manifestado quotidianamente, em termos per capita, nos diferentes municípios ou regiões, tendo por referência o valor nacional.
Se identificarmos os valores do IpC de 2009 e 2017 (último ano publicado), referentes a Portugal, Alentejo, Alentejo Central e Reguengos de Monsaraz, permite-nos apresentar o gráfico anexo.
Uma análise sumária deixa-nos evidente o dinamismo da capacidade económica do concelho de Reguengos de Monsaraz durante os últimos mandatos autárquicos, com um crescimento superior a 11% do indicador per capita poder de compra concelhio.
O comportamento do nosso concelho registou, assim, um claro dinamismo da atividade económica e de maior criação de riqueza e de bem-estar, contribuiu positivamente para o desempenho do Alentejo Central.
Neste período, a capital da região perdeu 1,1% do seu poder de compra, contrariando a própria tendência da região Alentejo (NUT II) que cresceu 2,0% e da sub-região Alentejo Central (NUT III) que subiu 6,2%.
Asim, quando comparamos com o desempenho revelado por Reguengos de Monsaraz neste mesmo período, a diferença é abissal. De facto, o nosso concelho aumentou o seu poder de compra em 11,1%, contribuindo seguramente para “puxar” para cima as médias da sub-região e da região. Os exemplos da criação de valor em setores como a vitivinicultura, o agroalimentar ou o turismo são bem notórios. Neste último, o concelho passou de 11 unidades de alojamento turístico e agentes de animação turística em 2005, para 159 em 2021.
Contra factos não há outros argumentos.
Parabéns Reguenguenses! ◄
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